Todas lâmpadas LED passarão a ter selo do Inmetro

19 Jul 2017

Todas lâmpadas LED passarão a ter selo do Inmetro e modelos incandescentes saem do mercado


As tradicionais lâmpadas incandescentes não podem mais ser comercializadas desde o dia 1º deste mês, a regra vale para importação e comercialização. As modernas lâmpadas de LED, que as substituíram só poderão ser vendidas com o selo do Inmetro.  A certificação visa a adoção de um padrão de qualidade de iluminação, a redução do consumo e, também, segurança. É que modelos irregulares à venda no mercado oferecem risco de superaquecimento, choque e curto-circuito, alertam especialistas.


Embora custem até cinco vezes mais do que se costumava pagar pelos modelos incandescentes, as lâmpadas de LED consomem cerca de um décimo das tradicionais. Já a fluorescente compacta (eletrônica) traz uma economia de 75% em comparação a uma incandescente.


Atenção às informações nas embalagens


Assessor técnico da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi), Rubens Rosado, explica que, na prática, isso significa que troca de lâmpadas incandescentes de 60W, em três cômodos da casa, para alguém que tinha um consumo de energia com iluminação de R$ 35 por mês, significaria uma redução dessa parcela da conta para R$ 8 mensais. O que representa uma economia de R$ 324 em 12 meses. "As lâmpadas LED vêm ganhando a preferência dos consumidores que têm aprendido a importância da economia de energia dentro do orçamento familiar e do uso de produtos sustentáveis para o meio ambiente", afirma Rosado. A durabilidade é outro ponto que deve ser observado. Enquanto uma lâmpada incandescente durava cerca de 750 horas, o que corresponde a um ano, as fluorescentes têm uma vida útil de 6 mil horas (cinco anos), e as de LED, de 25 mil horas.


Um outro aspecto a ser considerado é a eficiência da lâmpada, segundo o especialista. “Assim como em nosso carro, onde nos preocupamos com quantos quilômetros ele faz com 1 litro de combustível, a eficiência da lâmpada vai indicar o quanto aquela lâmpada vai consumir de energia elétrica para iluminar adequadamente um determinado ambiente. Lembrando que a eficiência é representada por lúmens/Watt.” Sendo assim, podemos, por exemplo, ter dois ou mais modelos de lâmpadas LED com potência de 10W cada, porém com fluxos luminosos diferentes. “Uma vez que as lâmpadas consomem a mesma quantidade de energia, será mais vantajosa a compra da lâmpada que oferece um fluxo luminoso ( Lm ) ou uma eficiência Lm/W maior. O importante é que todos esses dados vão estar nas embalagens, ninguém vai precisar usar uma calculadora quando for comprar uma lâmpada. Basta comparar os dados “. Consulte a tabela “Fluxo Luminoso para Equivalência de Potência”, do INMETRO: https://goo.gl/1EtV4w




Mas como identificar uma lâmpada LED certificada?


A Abilumi (Associação Brasileira dos Fabricantes e/ou Importadores de Produtos de Iluminação) orienta o consumidor a verificar os seguintes itens na embalagem:


  • Todas as informações devem, obrigatoriamente, estar em português.
  • Nome do fabricante, CNPJ e telefone do SAC.
  • Selo do Inmetro.
  • Potência em Watts.
  • Fluxo luminoso em lúmens.
  • Eficiência luminosa em lúmens por Watt.
  • A etiqueta deve conter ainda, na parte de segurança, um número de registro, pois alguns fornecedores estão colocando apenas XXXXXX (veja indicação na imagem). Caso isso aconteça, não tenha dúvida, a certificação é falsa!


Haverá fiscalização. A multa pode atingir R$ 3 milhões no caso de situações agravantes, como reincidência da infração pelo mesmo fornecedor. As denúncias devem ser apresentadas ao Inmetro pelo telefone 0800-285-1818 ou pelo site: http://www.inmetro.gov.br/


As vendas de lâmpadas incandescentes estão proibidas desde 1º de julho. A regra vale para importação e comercialização.


Fontes: Valor Econômico, INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e ABILUMI (Associação Brasileira de Fabricantes e/ou Importadores de Produtos de Iluminação).